Baseado no Livro O Homem e Seus Símbolos de – Carl Jung – Clube de Leituras Os Pensadores
“Seria logicamente impossível formular ou ensinar qualquer teoria psicológica se nos limitássemos a descrever uma porção de casos isolados sem qualquer esforço para verificar o que têm em comum e aquilo em que diferem.” (pg,59)
A primeira característica de base escolhida pelo Jung é a extroversão e a introversão, que segundo o próprio Jung, possuem pontos de vista diferentes e contrários.
“Extroversão e introversão são apenas duas entre as muitas peculiaridades do comportamento humano. São, muitas vezes, bastante óbvias e facilmente reconhecíveis. Ao estudarmos os indivíduos extrovertidos, por exemplo, logo iremos perceber que diferem um do outro em muitos aspectos, e que a extroversão é, portanto, um critério superficial e bastante genérico para caracterizar um só indivíduo. Por isto tentei, já há muito tempo, encontrar outras particularidades básicas capazes de ajudar a pôr alguma ordem nas diferenças, aparentemente ilimitadas, da individualidade humana.” (pg, 60)
Jung diz que há muitos outros fatores envolvidos, como a força de vontade, o temperamento, a imaginação, a memória e assim por diante, também não procura ser dogmático, mas em suas observações ao longo de tantos anos de experiência esta classificação foi-lhe útil.
Em suas observações, Jung também identificou outras 4 características que julgou serem apropriadas para acrescentar sem sua classificação, com base em comportamentos semelhantes, e destacou algumas destas características:
“Sempre me impressionou o fato de que um número surpreendente de pessoas não utilize jamais a sua mente,(…) Alguns vivem sem mesmo tomar consciência do seu próprio corpo.”(pg,60)
Outras pessoas, “Pareciam destituídas de qualquer imaginação e dependiam, inteira e exclusivamente, da sua percepção sensorial.(…)” (pg, 60)
E de maneira resumida explica o que seriam os 4 tipos psicológicos, uma classificação geral que usava como ponto de partida em suas análises. “A sensação (isto é, a percepção sensorial) nos diz que alguma coisa existe; o pensamento mostra -nos o que é esta coisa; o sentimento revela se ela é agradável ou não; e a intuição dirnos-á de onde vem e para onde vai.” (pg,61)
Jung elaborou uma “bússola” da psique — outra forma jungiana de examinar as pessoas em geral. Cada ponto da bússola tem um pólo oposto: para o tipo “pensante”, o lado “sentimento” é menos desenvolvido (“sentimento” significa, aqui, a capacidade de pesar e avaliar a experiência— no sentido de se dizer “eu sinto que isto é uma boa coisa para fazer”, sem precisar analisar ou raciocinar o porquê da ação). É claro que há justaposições em cada pessoa: um indivíduo que age segundo as suas “sensações” poderá possuir, igualmente forte, o lado “pensante” ou o lado do “sentimento” (e a “intuição”, o pólo oposto, ser o mais fraco). (pg, 61)
São opostas, mas complementam-se
Pensamento Intuição
Sentimento Sensação
Jung também destacou que apesar de termos um tipo predominante, todos nós temos tanto a introversão, quanto a extroversão dentro de nós e que em certos momentos estes alteram-se, um indivíduo que é extremamente introvertido orientado para dentro, pode desenvolver um interesse extremo por um determinado objeto – características do tipo extrovertido que possui essa curiosidade e orientação voltados para fora e para os objetos.
Acho muito interessante, porque consigo ver momentos em que foi preciso ser mais extrovertido e momentos em que fui orbigada a voltar para o meu mundo interior.
E você? Também já experimentou essa alteração?
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